terça-feira, 19 de setembro de 2017

AOS PÉS DO CRISTO REDENTOR



Pespontos e pontos de cruz
haste cheio ou corrente
Riscos e traços soltos
livres  estilizados
Sonhos emendados
em 40 graus de sentimentos e amigos

É Maré é Serra é Cidade de Deus
É cidade dos homens e mulheres sem nome
sob os pés do Redentor

Tem a mulata
o muleque
o malandro
o sambista
a pista
um trem lotado
e tem turista


Tem as ondas
que balançam em preto e branco
nas calçadas de Copacabana
Tem garçons e copos
chope gelado
putas bêbados e bandidos

e muita gente boa
na Lapa e seus arcos

Tem a Brasil
linha vermelha
linha amarela
bala perdida
arrastão no asfalto
Tem pouco choro
pra tanto morto

...Neste momento outro assalto!
Subitamente suspendo o poema
enquanto o artista segue seu ritmo
de olhos postos no Cristo e seu entorno.
Sandra May

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