É no silêncio das luzes apagadas
Quando dou espaço pro nada
Que ouço meu coração dizer:
-Pulso, pulso, pulso
Pulso pra você sobreviver!
Não desista, feche a porta
Feche as janelas
Desligue a TV.
Não deixe entrar na sua casa
Os cadáveres dos degolados
Os homens mal intencionados
As luxuriosas aparências.
Vida, se constrói do nada
Do pó surge e ao pó retorna
Mantenha a casa bem fechada
Entrega ao bom anjo o sono
Repousa, mulher, é madrugada!
Sandra May
Postagem original do blog, Letras Que Se Movem
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Muito lindo, Sandra, amei!! Fechar as portas para os barulhos é necessário, a gente não aprende isso qdo criança em lugar algum e talvez não ensinamos.
ResponderExcluirOi, Dalva!
ResponderExcluirEscrevi esse poema na ocasião que a mídia apresentava diariamente as imagens dos homens que seriam degolados pelos extremistas islâmicos. Eles usavam aquele uniforme laranja. Eu sofria horrores, e, sofro ainda por qualquer situação de violência. Tive uma depressão profunda e acabei por dispensar a televisão...até hoje quase não ligo o aparelho.
Como gosto de brincar no paint, desenhei e colori a ilustração acima; representa os homens ajoelhados aguardando o momento do sacrifício.
Como somos cruéis!!!
Oi Sandra, obrigada pela explicação, so agora vi a resposta pelo e mail.
ResponderExcluirConfesso que não havia reparado que a ilustração era sua, por isso gosto d responder sempre com cabeça "fresca" para absorver bem as postagens.
E por falar em absorver os sofrimentos externos é complicado...a gente até evita ,mas a sensibilidade não nos deixa dormir a ponto de fazer de conta que horrores não estão acontecendo.
Abração e ótimo domingo!
Estamos vivendo momentos difíceis. ..
ResponderExcluirObrigada por me visitar, Dalva! Unidos somos mais fortes.
Uma semana de paz!