domingo, 16 de abril de 2017

LABIRINTO


Thumb Minotaur
É dia de luto
Vida sem cor
O corpo doído
A alma penada
Um vazio de amor

Comemora-se o fim

De qualquer dignidade
Um golpe fatal
Em nome da santidade

Crente que acredito

Mas não passa de mito
É dragão
Fogo do inferno
Arrastando almas
De bocas malditas
Ouvidos lacrados
Corações a zero grau
Que veementemente proclamam:

"Os vermes, pro lixo

Aos vermes, a foice
A fossa, o fosso
O poço sem fundo
A porta sem saída
Caminho sem volta"
O Labirinto de Minotauro

Toda a sujeira varrida

Em vida morta e esquecida
Permanecerá sob o tapete vermelho
De sangue
Bem pisado!
Sandra May

Postagem original do blog Letras Que Se Movem

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