Ela
Não oferece nada
Nada perdoa
Faz desaparecer
Como trevas expostas à luzTal corte da enxada na terra
Riacho na seca
Maldição que tudo consome
Deixando apenas rastros
Esqueletos quase esquecidos
Não fosse uma ou outra
Sombra no impiedoso deserto
Onde um corpo cansado clama
O que a fraqueza traduz
Breve mais um, outro um
Apenas mais um
Será esqueleto quase esquecido
Morto de fome na estrada
Que não levou a lugar algum.
Impiedoso "homem"
Pobre, miserável e nu
O mais cruel das criaturas
Sou eu, somos nós, és tu!
Sandra May
Postagem original do blog Letras Que Se Movem
Antes de sair deixe seu comentário, critica ou sugestão. Você me ajuda a construir esse blog, obrigada!
Nenhum comentário:
Postar um comentário