domingo, 23 de abril de 2017

A SECA


Ela
Não oferece nada
Nada perdoa

Faz desaparecer
Como trevas expostas à luz
Tal corte da enxada na terra
Riacho na seca

Maldição que tudo consome
Deixando apenas rastros
Esqueletos quase esquecidos
Não fosse uma ou outra
Sombra no impiedoso deserto

Onde um corpo cansado clama
O que a fraqueza traduz
Breve mais um, outro um
Apenas mais um

Será esqueleto quase esquecido
Morto de fome na estrada
Que não levou a lugar algum.

Impiedoso "homem"
Pobre, miserável e nu
O mais cruel das criaturas
Sou eu, somos nós, és tu!
Sandra May

Postagem original do blog Letras Que Se Movem

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