sábado, 29 de outubro de 2016

SEM PROMESSAS

Colagem co jornais

Não tenho passado nem futuro
Tão pouco presente eu tenho
Estou simplesmente num agora
Que já passou.

Meu devir que se repete
Se repete, se repete
Sempre a se transmutar
Metamorfose.

Consulto com frequência os espelhos
Não adianta tentar disfarçar
Confirma-se o já esperado
Ela não está mais lá.

Foi transmutando,  se convertendo
Uma borboleta fortalecendo as asas
Segundo à natureza
Nosso destino é voar...

Anexo vai o convite:

Se quiser vir junto comigo
De olhos fechados e coração aberto
Não faça cerimônia.

Posso te mostrar as flores mais belas
Aquelas que exalam singulares perfumes
Delicadezas.

Muitas palavras não te prometo
Prefiro os longos silêncios
Tagarelar não é minha praia e nem gosto de carnava!

Não te iludo
Eu te prometo o sol
Se hoje o sol sair.
Sandra MaY/ 2014

Postagem editada do blog Letras Que Se Movem 

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sexta-feira, 28 de outubro de 2016

SAUDADE


reflexão

Alguma coisa a dizer
Senão sobre a ausência.............................?
De nem sei bem o quê.

Complicada minha cabeça
Estou entre os dois hemisférios
Serei o corpo caloso... 
Ou o que ele contém.?

Simplesmente caminho
Como que de olhos fechados
E vejo tantas coisas...

Pior é me sentir assim diferente
Singular e plural
Direito e avesso
Nem preto, nem branco
Nem açúcar ou sal!
Sandra May

Postagem original do blog Letras Que Se Movem

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quinta-feira, 27 de outubro de 2016

MÃOS EM DECOMPOSIÇÃO





Um dia você me contou
que suas mãos mãos já haviam partido rochas
trabalhando em uma pedreira 
Nada confidencial!

A dor e os calos provocados pelas pedras
não foram suficientes
pra cristalizar seu coração.

Hoje suas mãos
estão em decomposição.
A vida que vibra em tudo que há
e no que já foi
mantém o universo vivo e em ação.

As vezes chove,
outras vezes faz calor.
 Eu me pergunto:
"Quem me trará um pote de geleia hoje?
E outro pote de geleia amanhã?"

Nós todas aqui choramos, querido,
sentindo saudades suas.
Aprendemos a amar você
apesar de tantas diferenças e da distância.

Todos os seus segredos a mim confiados
comigo vão, dorme em paz e,
saiba que as lágrimas tem sempre motivos vários...
Nesse caso são de alegria
porque um dia pudemos rir juntos!

In memorian,  para Marcus Vinicius B. S. Costa
Sandra May / 2014

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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

DESCANSO NA PRAIA


Sereia

O amor como uma onda
Invade, arrasta, cresce
Vai ao limite, ao seu limite
E desce

O amor como uma onda
Prossegue, se arrasta e se esgueira
Trespassa
 Quebra e rebate

Deslizando na branca espuma
O amor avança
 O amor avança
Avança

Num instante mágico
Composto por mil arcos-íris
O amor explode
Acontece

Mais tarde, na areia branca
Nos braços da areia sereia
Água e pedra se confundem
É quando o amor adormece
Sandra May



segunda-feira, 24 de outubro de 2016

AGORA É COMEÇAR UMA NOVA HISTÓRIA


Recomeço, magno
Desenho autoral feito no paint (Magno, o navio que traz nova vida)

I
          Os fins não justificam os meios           
Os fins não são fins e ponto
 Os fins dependem do nosso ponto de vista
Os fins são relativos.

II
O meu fim
É um recomeço
Se sou metamorfose
Isso eu reconheço .
Sandra May / 2013

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billabong

domingo, 23 de outubro de 2016

COISAS DE CORAÇÃO


DE TANTO AMOR

De tanto amor que nem cabe em mim
vaza o meu coração,
e, o meu coração não tem lugar pra ladrão,
então deixo vazar...
pode vazar, coração!
Sandra May / 2013

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sábado, 22 de outubro de 2016

LUZ E TREVAS ( memórias de uma menina preterida )

















À noite, a terra descansa dando as costas pro sol  que brilha em algum altar...

De dia brinco pelo jardim ensolarado
Corro atrás das borboletas
Amarelinhas,brancas e também, azuis
Pretas, marrons e rajadinhas

Piso na terra seca
Queimo os meus pés no chão de barro
Bebo água na "bica"
Solto papagaio, arraia ou pipa
Atiro com bodoque
Mas não acerto passarinho não
E jogo bola de gude.
Furo o dedo com espinho
Ai que dor no coração

Pulo corda
Jogo amarelinha
Pega ladrão!
Passo anel
Canto e danço cirandas
Girando, girando e girando de braços abertos
Depois de repente  paro
Cambaleio pra lá e pra cá
Parece que vou vomitar
Que brincadeira mais besta...

É alto verão, férias e dias de limonada
Corre que lá vem a "vó"
Subo aos saltos no meu pé de jabuticaba
To segura e protegida...ufa!
Lá embaixo tá divertido
Mas é aqui que a sombra me acaricia
É meio dia em ponto e lá no chão
Nenhuma sombra, o sol tá a pino

A gente brincava de ver as horas fincando um pauzinho no chão
Quando a sombra desaparecia, batata: era meio dia.
Vamos correr pra casa que a vó já gritou: CRIANÇAS, O ALMOÇO TÁ NA MESA!!!

Mais tarde,
Então vinha como sempre vem
A noite e seus pavores
Eram trevas
Zumbido de besouro
Meus gritos transtornados
Pena do cachorro dormindo no frio...
Adoeço de tristeza
Vomito sem parar
Vai vomitar as tripas
E toma-lhe chá
Maldito chá

A  solidão parece que fez pacto de cair com a noite
Quando eu pouquíssimo dormia
Piscava os olhos sem parar
Chorava sem ninguém ver
E amanhecia na esperança
Que naquele dia, com certeza
Ela viria me buscar
Mas ela não vinha...
Sandra May

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Ebauche nº2 - poema de Charles Baudelaire-Damien Saez- subtítulos en esp...




FLORES DO MAL

Demente, descontente, doente
Descrente, descendente de indecente
Dual, sem sinal e sem sal
Fora do tom, desfocada & sem sol
Semente de serpente... só mente e só.
Seguem os dias
Todos iguais
Repetidos atos
Repetidos atos
Repetidos atos
Seu único objetivo
Praticar o mal
o mal
o mal
o mal

flores do mal ?
As flores do mal
São disfarçadas...
Quase enganam
Elas não murcham
Somem...some...som...só!

Sandra May/2013


Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum.Lucas 10:19



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terça-feira, 18 de outubro de 2016

EU SOU O SOL E VOCÊ O MEU LUAR





De que forma
Entre  tantas luzes que ofuscam teu brilhar
Encontrar as luminosas centelhas
Fulgurantes desses olhos
Que prometem tanto tanto
A ponto de me envergonhar?

As luzes da cidade são enganadoras
As luzes da cidade são traiçoeiras
Sendo noite é quase dia
E os dia trevas são.

Entre qual das tantas luzes
Meu luar, você está?

A ti envio incandescente fogo
E ousadamente confesso:
Impossível não te acertar
Sou eu uma  estrela
Você, o meu  luar!
Sandra May/2013


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domingo, 16 de outubro de 2016

TUA VOZ

                                                  
É em pleno silêncio
No estrondo do mar
Rugindo o trovão
Na canção de ninar...
Tua voz!
Sandra May

billabong

It's in the middle of silence
In the roar of the sea
Roaring thunder
In the lullaby...
Your Voice!

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sábado, 15 de outubro de 2016

DE TANTO AMOR

Os poetas são pessoas que não cabem em si...
Transbordantes, eles vazam palavras!
Sandra May / 2013


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sexta-feira, 14 de outubro de 2016

BOA VIAGEM


Imagem autoral


Viagem, visita, vacina
Volta, vida-volume, vaga- vanila
Visconde vermelho
Vozes e vestuário
Vespa, web cam, ícone e mail
Internauta, atualidade, aumento
Exagero, elemento, esqueleto
Esquadra, escudo, espeto
País, praia, piscina
Coqueiro, palmeira e bandeja
Garçom, copo, taça e coco
Fruta, coquetel, gelo
Flor, ruído... prato e talher
Manga, abacaxi, sol
Onda, areia-vida
Auxílio, paciência e pacto
Funny Angels
Funny Girls
Vários volumes
Casca, terra-semente
Caule, chuva e sapê
Horta, grilo e sapo
Estrume, carroça, enxada-ancinho 
Adubo, milho, burro e cesto
Cavalo, galinha e porco
Tanque, fumo...
Amora, amiga, amada
Âncora, anciã, auréola
Álcool, alçapão e anelo
Árvore, algodão, alqueire
Acústico? 
Acuado adulto!
Sandra May 

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mulher no espelho

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

CABE UMA EXPLICAÇÃO

Não sou poeta. Escrevo apenas para derramar o que já não cabe em meu coração.
Sandra May



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terça-feira, 4 de outubro de 2016

NO TREM LOTADO


https://pixabay.com/pt/menina-triste-chorando-chovendo-690327/


Sei que nesse momento
Tem alguém em algum ponto do planeta
Muito longe 
Ou bem pertinho daqui
Em São Paulo, Nova York
Talvez em meu pequeno bairro
Aqui no alto da minha serra
Que chora desesperado
Sem saber o que fazer
O que pensar...
Desorientado
Com cartão de crédito ilimitado
Ou sentindo fome

Coração vazio
Alma apática

Filho perdido
Alcoolizado
Filho drogado
Família desfeita

Respeito se faz ausente
E a internet muito presente
Separando as vidas da gente

Solidão no trem lotado

Cabeça baixa
Celular na não
Fone de ouvido
Olhos fechados
Metrô lotado
Alienação

Cachimbos de crack
Zumbis perambulando
Em andrajos farrapos
Estendendo as mãos

No trem lotado
Num rosto rola uma lágrima...
Ou seria suor?
Sandra May


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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

SAGRADO CORAÇÃO DA TERRA


Imagem autoral

Dias cinzentos 
Ou noites azul da Prússia
Pouco importa!

Um coração quieto aguarda
O dia em que a porta se abrirá
Tempos com perfume de talco
Hálito de menta no sopro do vento.

Mesa farta e simplicidade
Necessidades  saciadas
Nada de restos ou sobras
Tudo se transformando em sustento.

Muita água de beber
Em fontes limpas e protegidas
Porque fontes são sagradas!
São concessões do Criador.

Rosto no pó e mãos remexendo a terra

Em cada lar um pequeno jardim
E com boa vontade, horta e pomar
Espaço é o que não falta
Sementes também não...

Que haja excesso de boa vontade
E que sobre vida a pulsar!.
Sandra May

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