Em dias de chuva
Cheiros de terraCheiros de guerra
Aguardando jovens jardineiros
Que descansam sob a grama
Sobre a lama, sujando a honra
Os uniformes camuflados
Manchas de nada
Imitando quase tudo
É a guerra
É a terra
São as lágrimas que já não escorrem
Pelas faces sujas de poeiraSão as lágrimas que já não escorrem
Secaram!
...e se não tivessem secado
Escorreria barro
Pelos rostos amargos, secos
Rostos quase apagados
Como fotos muito antigas
Como tempo passado
Que vai apagando memórias
Desvanecendo velhas histórias
Sonhos
Muitas saudades
Tudo volta ao que era
Completa o ciclo
Se tornando nada
Começo do tudo.
Sandra May
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